segunda-feira, 14 de junho de 2010

SEBE INTERNACIONAL - SEGUNDO DIA (tarde)


Encerramento do Sebe mostra como ética estimula engajamento social

O encerramento do 18º Seminário Internacional em Busca da Excelência, promovido pela FNQ – Fundação Nacional da Qualidade, trouxe o palestrante Leigh Hafrey, do MIT Sloan, o fundador da Amaná-Key, Oscar Motomura, e o economista, filósofo e professor do Ibmec São Paulo, Eduardo Gianetti da Fonseca.

Hafrey utilizou o filme Hotel Ruanda (2004) para discutir o posicionamento ético dos personagens, começando com o gerente de hotel, Paul Rusesabagina, que abrigou 1268 pessoas durante o conflito, e foi um exemplo de ética profissional; seguido do general das Forças Armadas Canadenses, Romeo Dallaire, que se sentiu fracassado por não ter conseguido alertar a comunidade internacional sobre o que estava acontecendo em Ruanda, exemplo de responsabilidade social; e do pesquisador E. O. Wilson, que estudou os problemas da superpopulação, exemplo de preocupação com a sustentabilidade.

Motomura abordou a ética como um valor inteiramente ligado ao bem comum e, principalmente, ao respeito e honra a todas as formas de vida que existem no planeta. Para ele, tem havido uma evolução da consciência mundial, e a sustentabilidade e a preocupação com o efeito das ações sobre o planeta têm se mostrado elevada. Ele acredita que todos têm a obrigação de atuar sempre da melhor forma, em todas suas atitudes, sejam elas profissionais ou pessoais, e as pessoas estão se mostrando mais atentas a isso.

Eduardo Gianetti, discutiu a ética sob duas vertentes, a cívica e a pessoal. A primeira, seguindo o princípio de que as pessoas não vivem sozinhas, compartilham experiências em sociedade, por isso necessitam de regras de convivência. Já a ética pessoal se relaciona com princípios que validam o que é “certo” e “errado”, estando intrinsecamente ligada à moral, ao que pode ou não ser feito pela sociedade. Para ele, a ética introduz mudanças, permanentemente, ao que é aceito como moral, e essas regras são essenciais para o equilíbrio da sociedade.

Após as apresentações, os palestrantes participaram de uma seção de perguntas e respostas e fizeram projeções sobre a evolução da ética mundial. Gianetti observou que, atualmente, a ética é pressionada pelo mercado consumidor, mercado de capitais e pela opinião pública. Como informações que eram restritas a poucos, hoje se espalham em poucas horas, as empresas sabem que um passo em falso, pode ser fatal. Motomura concordou e acrescentou que acredita que as pessoas, por estarem interconectadas, devem ser, elas mesmas e não as instituições, as responsáveis pelas próximas movimentações sociais.

Fonte: FNQ

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